A falência do Estado como único gestor da aplicação de sanções se torna cada vez mais evidente. A superlotação dos estabelecimentos prisionais e a corrupção dos agentes estatais, estendendo-se pela formação das facções criminosas, que estabelecem regras paralelas às pré-estabelecidas por nossa sociedade, cominam em uma alta reincidência. Consequentemente, os índices de criminalidade não representam diminuições consideráveis e muitos delitos figuram em escala crescente.
Diante desses grande desafios, está o método APAC, baseado na valorização humana e na participação da comunidade. A pena na filosofia Apaqueana deixa de ser uma mera forma de castigo e passa a ter uma dupla finalidade: a punição e a ressocialização.
A importância da APAC é ressocializar aqueles que foram alijados do convívio social e possibilitar a diminuição da criminalidade, pelos excelentes resultados apresentados pelo Método APAC, cuja reincidência é de, aproximadamente, 8%, enquanto no sistema prisional comum gira entorno de 85 e 90%.
Apenas reclamar de braços cruzados da violência a qual somos expostos diariamente é um mero ato de comodismo. Buscar alterar essa realidade por meio de iniciativas como APAC talvez seja um primeiro passo para alcançarmos a segurança pública.
Luciano Machado
Vice-presidente da APAC/Viçosa
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